História e Teoria da Arte
Apresentação:
É importante apontar modos alternativos de conhecer os modos de produção
artística, de "descomplicar" a arte. A disciplina de História e Teoria da Arte propõe um abordagem
das principais ideias, teorias, preconceitos e tomadas de posição referentes às artes figurativas
do Renascimento à época contemporânea a partir dos contributos dos seus autores. Iniciar os
estudos desprendendo-os de um outro autor é ampliar a construção reflexiva do saber. Assim, os
conteúdos serão apresentados na forma de conceitos-chave, aos quais serão acrescidas a
contribuição de diferentes autores - historiadores, filósofos, artistas, sociólogos que se
distinguiram na formação teórica do fenómeno artístico - e suas teorias, por ocasião da
apresentação e discussão temáticas.
Programa:
I PARTE
Vidas de Artistas:
Giorgio Vasari: Publicou, em 1550, Le vite (As Vidas), dos mais insignes artistas do Renascimento italiano, de Cimabue a Miguel Ângelo.
Michael Baxandall: Estudou o mecenato das grandes famílias do Renascimento italiano.
Francis Haskell: Analisou cuidadosamente os mecanismos de uma patronage política, eclesiástica e económica que propiciaram a produção artística de valor na Itália no período Barroco.
Artista
Rudolf e Margot Wittkower: Analisaram o carácter e a conduta dos artistas da Antiguidade à Revolução Francesa, centrando-se nas noções de génio, loucura e caracter melancólico, e desenvolveram um estudo aprofundado sobre "o divino" Miguel Ângelo.
Norbert Elias: Analisou exemplarmente a biografia de Mozart como artista de génio.
Cânone
Ernst Kris e Otto Kurz: Explicaram a importância da lenda, do mito e da magia na construção da imagem do artista.
Frank Kermode: Abordou o problema da formação e função dos cânones na pintura de Botticelli.
Dádiva
Marcel Mauss: Estudou o fenómeno da dádiva - dar, receber e retribuir - que permite teorizar a troca simbólica entre artistas e grupos sociais.
Jean Baudrillard: Contrapõem com a omnipotência do consumo e do lucro.
Mercado
Harrison e Cynthia White: Analisaram a constituição do mercado de arte em França no século XIX e o papel pioneiro dos artistas